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Objecto Quase é um livro de contos de 1978 de José Saramago. Reúne seis narrativas curtas em que seu autor, o escritor português José Saramago, utiliza uma linguagem poética para fundir homens, seres e coisas em diferentes cenários.
Em "A cadeira", o assento de um ditador vai sendo lentamente corroído até que ele se estatele no chão – referência clara à queda de Salazar, o ditador português. Nos contos, homens e coisas formam o mundo, cuja dinâmica se abala com a distância ou a desunião.
Outro dos contos incluídos neste livro é "Embargo"(adaptada a curta-metragem pelo realizador português António Ferreira em 2010. Um homem normal faz o que costuma a fazer todos os dias. Acorda, arruma-se, sai de casa, pega o seu carro. Mas esse dia será diferente. Depois de parar num posto de gasolina ele percebe que o seu carro começa a ter vontade própria e pára em todos os postos que ainda têm gasolina disponível. Sabe-se que há um embargo de petróleo causado pelos árabes e que esse embargo vai afectar o mundo inteiro. Os postos de gasolina estão lotados com filas de automóveis em busca de combustível, que se tornou fonte rara. O carro que toma vida embarga a vida rotineira do homem, atrasa-o do trabalho. A perplexidade de ver o carro com vida faz o homem perceber que agora ele está preso dentro dele, agarrado ao banco, impossibilitado da sua vontade, sozinho, sem ajuda.
"Acordou com a sensação aguda de um sonho degolado e viu diante de si a chapa cinzenta e gelada da vidraça, o olho esquadrado da madrugada que entrava, lívido, cortado em cruz e escorrendo de transpiração condensada. Pensou que a mulher se esquecera de correr o cortinado ao deitar-se, e aborreceu-se: se não conseguisse voltar a adormecer já, acabaria por ter o dia estragado. Faltou-lhe porém o ânimo para levantar-se, para tapar a janela: preferiu cobrir a cara com o lençol e virar-se para a mulher que dormia, refugiar-se no calor dela e no cheiro de seus cabelos libertos. […]"
"[…] Sentia fome. Urinara outra vez, humilhado demais para se envergonhar e delirava um pouco: humilhado, himolhado. Ia declinando sucessivamente, alterando as consoante e as vogais, num exercício in consciente e obsessivo que o defendia da realidade. Não parava porque não sabia para que iria parar. Mas, de madrugada, por duas vezes, encostou o carro a berma e tentou sair devagarinho, como se entretanto ele e o carro tivessem chegado a um acordo de pazes e fosse a altuar de tirar a prova da boa-fé de cada um. Por duas vezes falou baixinho quando o assento o segurou, por duas vezes tentou convencer o automóvel a deixa-lo sair a bem, por duas vezes num descampado nocturno e gelado, onde a chuva não parava, explodiu em gritos, em uivos, em lágrimas, em desespero cego. As feridas da cabeça e da mão voltaram a sangrar. E ele, soluçando, sufocado, gemendo como um animal aterrorizado, continuou a conduzir o carro. A deixar-se conduzir."
Un elemento de vaso é um dos tipos de células encontrados no xilema, o tecido condutor de água das plantas. Os elementos de vaso são tipicamente encontrados nas angiospérmicas, mas estão ausentes na maioria das gimnospérmicas, como as coníferas.
Os elementos de vaso são os blocos constituintes dos vasos condutores, que constituem a parte maior do sistema de transporte de água nas plantas onde ocorrem. Os vasos formam um sistema eficiente de transporte de água e de minerais, desde a raiz até às folhas e outras partes da planta.
No xilema secundário, o elemento do vaso origina-se de uma célula fusiforme inicial no câmbio vascular. Quando atinge a maturidade, o protoplasto morre e desaparece, mas a parede celular lenhificada permanece. Pode ser vista como uma célula morta, mas que mantém uma função, sendo ainda protegida por células vivas que a rodeiam.
A parece celular é fortemente lenhificado. Em ambas as pontas da célula existem aberturas que fazem a conexão entre os elementos individuais. Estas aberturas são denominadas de placas de perfuração ou placas perfuradas. Estas perforações podem ter uma variedade de formas: a mais comum é a perforação simples (uma simples abertura) e a perforação escalariforme (várias aberturas alongadas sobrepostas formando como que um desenho de uma escada). Outros tipos incluem a placa de perforação foraminada (várias aberturas redondas) e a placa de perforação reticulada (padrão em rede, com muitas aberturas). As paredes laterais podem ter pontuações e também espessamentos espirais.
A presença de vasos no xilema é considerada como uma das inovações principais que levaram ao sucesso das plantas com flor. Era anteriormente pensado que os elementos de vaso foram uma inovação evolutiva das plantas com flor, mas a sua ausência em angiospérmicas basais e a presença em membros da ordem Gnetales sugerem que esta hipótese deve ser re-examinada; os elementos de vaso nas Gnetales podem não ser homólogas dos das angiospérmicas, ou que os elementos de vaso que se originaram num precursor das angiospérmicas pode ter sido posteriormente perdido em linhagens basais (exemplos: Amborellaceae, Tetracentraceae, Trochodendraceae e Winteraceae), descritas por Arthur Cronquist "primitivamente sem vasos". Cronquist considerava os vasos de Gnetum como convergentes com os das angiospérmicas.
Elementos semelhantes a vasos também foram encontrados no xilema de Equisetum, Selaginella, Pteridium aquilinum, Marsilea e Regnellidium e no grupo fóssil das Gigantopteridales. Nestes casos, é normalmente aceite que os vasos evoluíram de maneira independente. Não é de excluir que os vasos tenham aparecido mais que uma vez entre as angiospérmicas.